terça-feira

Decidir o sempre

Decidir o sempre é recortar o stencil da nossa sepultura...

uma cobardia que se baptiza de coragem,
uma audácia azeda como uma bomba,
guardada em frascos, rotulados por nomes próprios.
Uma expropriação que nada tem de dádiva.

Decidir o sempre não passa de uma morte lenta, enquanto dizemos querer viver...
um momento é o parto mais fácil,
mudar-lhe o tempo verbal numa sequência,
sem fórmula matemática é o verdadeiro desafio do sangue

Decidir o sempre é não saber que só o corte vertical é que mata de pulso caído...
receber o sempre é a derradeira decisão,
a única decisão de que somos livres,
leva á exposição, leva o tempo a encurtar-se,
de um modo a que jamais possamos preparar discursos...

Uma insconsciência consciente na sua origem
Ficar, é a minha decisão.
Não se pode separar o trigo do joio, o meu grito de incompletude:

Nascemos sem pulsos !!!!

(Regi)

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