quinta-feira

Rasgo Instantâneo do interior

Agora, assolam-me as memórias do que foi bom, de todos os sorrisos, de todos os mimos de todas as palavras trocadas.

Pequenos episódios, pequenas aventuras, pequenos passeios (e outros longos) que me fizeram viver, ser EU outra vez, esperançado, feliz e tranquilo.

Algo, alguma coisa, insiste em tirar-me as pessoas que vou amando ao longo da vida, não posso crer que a vida seja só isto... Vem aí um fim de semana comprido, meio mundo vai para as compras, outro meio vai passear, eu sinceramente, nem sei o que faça, sei que dói, que continuará a doer, até quando não sei...

Não suporto a minha cabeça, não suporto o meu coração, dói... dói muito.. e não consigo parar de pensar...

2 deram-me um minuto menos vazio:

ui sei laaa 27 de novembro de 2009 às 20:43  

obrigadissima pelo comentario e gostei imenso do teu texto. esta lindoo :)

Regi 30 de novembro de 2009 às 15:36  

Quando algo entra na nossa vida apropriamo-nos imediatamente dele. Precisamos dessa certeza para acabar com todas as nossas incertezas e esquecemo-nos da singularidade dos passados e, consequentemente, da singularidade das decisões para um futuro. Todos os cortes, tudo, tudo mesmo, são uma oportunidade de criar valor, tudo tem o seu sentido - "Nada se perde, tudo se transforma". E até podemos reconhecê-lo mas a rejeição dói. E quem não dita a sentença, ou a dita por último, e por isso remói os restos é quem tem de lidar com esta dor, com as memórias chapeadas ou até, o pior, com o trampolim que nos põe como deuses e nos faz querer ser ralé. Mais uma vez está tudo trocado! É quase inconsciente, convém nos recalcar, mas nós já decidimos não amar alguém, podemos não ter decidido acabar porque provavelmente não quisemos começar, não quisemos amar. E o encaixe entre duas pessoas, por mais que haja cedências naturais, não deve ser forçado... tal como o primeiro impulso que nos leva logo a sonhar demasiado alto, sem qualquer base sólida que sustente quedas, também não o deve ser. Mas a rejeição! Ela só dói porque nesse momento também nos rejeitamos. E enquanto não aprendermos a esperar a repetição vai magoar-nos ainda mais!